5 de julho de 2011

"Forró no terreiro" (2011)

Acrília s/ tela 60 x 60 cm
Valor + Frete à consultar (vendido)

"Forró no terreiro" é o título desta obra. Como poder ser explicado por algumas únicas palavras: alegria, vivências, natureza, gente... A cena é um retrato de amigos, familiares, unidos por um sentimento de des-razão, estar-junto. Como pano de fundo: o Seridó e como susbtrato estético do artista. Assis Costa tráz para a sua cena pictórica, as crianças brincando com "roladeiras", na sua arte-de-fazer, nas práticas do cotidiano que evidencia, mostra um mundo ingênuo?, Talvéz não! Mostra a vida como ela é? Nesse universo rural, quase extinto em muitos lugares, acredita-se que acima de tudo faz um elogio a vida simples! Realçando as virtudes humanas naquilo que na contemporaneidade se exclui, o lado averso do mundo capitalista, imediatista.
No primeiro plano estão figuras estilizadas, um pouco cubista, um pouco naif, estilos de Assis Costa. Suas vestimentas lembra épocas passadas, por volta dos anos 30, elas aparecem sem pés, porque segundo o artista são pessoas presas a terra, elas não estariam preocupadas com a construção de uma bomba nuclear, seus desejos não seria conhecer Paris, Veneza ou Machu Picho no Peru. A casa grande, com essas características de alpendre e redes, tão peculiares ao clima árido sertanejo. As ávores, não são apenas um preechimento de espaço, mas são elas personagens, que já se configura com um traço do artista. E os gatos, soberanos! Porém discretos , domesticados, estão sempre a roubar a cena!
Essa obra, nos possibilita edificar uma trilha de discursos, interpretações. Suas cores luminosas, que lembra a influência vanghoguiana, nos contrates de azul-amarelo, formam um colorido acentuado, mas extremamente equilibrado.
Cores do sertão, vida no sertão...

Ilka Pimenta. 09/11/2011.

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